sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Queda de avião da FAB: Dois seguem desaparecidos
Índios acharam aeronave e guiaram equipes de resgate. Avião está submerso e 10 milhas fora da rota. Causa ainda não foi descoberta
Rio - Nove sobreviventes do avião C-98 Caravan, da Força Aérea Brasileira (FAB), que estava desaparecido desde a manhã de quinta-feira, na Amazônia, foram resgatados ontem pelo comando da Aeronáutica. Eles foram encontrados às margens do Rio Ituí por índios da tribo Matis, que avisaram à Funai de Atalaia do Norte. A tribo comunicou o fato à Força. Segundo a FAB, o piloto fez um pouso forçado no Igarapé Jacupará. Duas pessoas continuam desaparecidas: o suboficial da Aeronáutica Marcelo dos Santos Dias e o técnico da Funasa João de Abreu Filho.
Foto: O Rio Branco
Assustadas, vítimas são retiradas de ambulância em Cruzeiro do Sul para serem submetidas a exames
O avião partiu de Cruzeiro do Sul, no Acre, por volta das 8h30 de quinta-feira, e deveria ter pousado em Tabatinga (AM), a 1.108 km de Manaus, às 10h15. A aeronave transportava 11 pessoas, sendo quatro tripulantes e sete técnicos da Funasa, que haviam participado de campanha de vacinação do Ministério da Saúde em 40 aldeias indígenas da região do Vale do Javari, no Amazonas.
Os nove sobreviventes foram resgatados por uma aeronave C105 Amazonas, que decolou de Manaus (AM), com médicos e enfermeiros, além de 32 militares da equipe de resgate. O Salvaero, órgão da Força Aérea que coordena operações de busca e resgate no País, recebeu o sinal de emergência (ELT) emitido pela aeronave 58 minutos depois da decolagem. O sinal foi captado por satélite, mas não foi possível determinar as coordenadas.
Pouco depois, o avião submergiu e não foi captado nenhum outro sinal. O major-brigadeiro Jorge Cruz de Souza e Mello, comandante do 7º Comando Aéreo da Amazônia, informou em Manaus que o monomotor foi encontrado 10 milhas fora de sua rota.
Os nove sobreviventes foram transportadas para o Hospital Geral do Juruá, no Acre, onde passaram por avaliação médica. De acordo com o hospital, todos passam bem.
O Comando da Aeronáutica informou que as causas do acidente ainda não foram determinadas. Não há informações se houve falhas no motor. Para o secretário de Segurança de Voo do Sindicato dos Aeronautas, Carlos Camacho, uma das hipóteses para a queda da aeronave pode ter sido falha no motor, causada por contaminação no combustível por água ou fungos. “A manobra do piloto foi elogiável porque, nesses casos em que há perda de potência no motor, o correto é buscar água, uma clareira ou uma estrada para o pouso”, explicou.
Sobre os dois desaparecidos, Camacho informou que pode ter havido a desaceleração brusca da aeronave para o pouso forçado. “Se o passageiro não estiver com o cinto de segurança afivelado, pode ser arremessado longe”, destacou. De acordo com a Aeronáutica, os relatos dos passageiros sobre o acidente não são precisos. Eles devem voltar a ser ouvidos.
As circunstâncias do acidente serão investigadas por equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes. Ainda não foi determinado o prazo para que o relatório final sobre a queda da aeronave seja entregue, pois a prioridade é encontrar os desaparecidos. No total, 125 pessoas e nove aeronaves estão envolvidos na operação.
Boa notícia após angústia e orações
A confirmação de que o avião tinha sido encontrado e de que a técnica da Funasa Marina de Almeida Lima, 62 anos, estava entre os nove sobreviventes terminou com mais de 20 horas de agonia de parentes e amigos, na cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas. “Soubemos do acidente no início da tarde e foi uma agonia muito grande. Passamos o dia e noite rezando para que minha mãe estivesse bem. Por volta de 11h de hoje (ontem) recebemos a notícia de que o avião tinha sido encontrado e que ela estava viva. Foi uma alegria imensa”, disse, emocionada, Shirleia de Almeida Cardoso, 42 anos, filha de Marina.
>>Envie fotos inusitadas de sua cidade
Pouco depois, segundo Shirleia, o outro filho de Marina, Marineu de Almeida, embarcou para Cruzeiro do Sul para encontrar a mãe. A família soube que ela e os outros sobreviventes praticamente não tiveram ferimentos. “Estamos aguardando que seja liberada e volte para casa. Vamos recebê-la com festa. Mas estamos abalados com o desaparecimento do oficial da Aeronáutica e do João (João de Abreu Filho, técnico da Funasa). Nossa família é católica. Vamos rezar para que sejam encontrados com vida”, disse Shirleia.
Uma das sobreviventes está grávida de três meses. Segundo informações do hospital, ela passa bem. A direção clínica do hospital informou que um homem e cinco mulheres passaram por baterias de exames na unidade. As outras três vítimas foram atendidas por médicos da FAB. Fábio Pimentel, diretor-clínico do hospital, afirmou que nenhuma das vítimas sofreu fraturas ou teve lesões sérias.
Tribo achou avião e avisou à Funai
Foi graças à ajuda de índios que o avião foi localizado na manhã de ontem. Os índios matis da Aldeia Aurélio encontraram a aeronave na noite de quinta-feira. A aldeia deles fica a cerca de duas horas do rio onde o avião fez o pouso forçado. Após retornarem à aldeia, ontem pela manhã, os índios contactaram a administração da Funai em Atalaia do Norte (AM) e informaram a localização do avião acidentado. Ontem à noite, os índios ajudavam nas buscas às duas vítimas desaparecidas.
A aeronave está submersa 5 metros de profundidade em um igarapé, distante 150 metros de onde estavam os sobreviventes. O trabalho de busca está sendo executado por equipes de resgate da FAB e do Exército Brasileiro, que contam com oito aeronaves entre helicópteros e aviões. Mergulhadores da FAB e lanchas da Marinha ajudam na localização.
Quando o primeiro helicóptero chegou ao local, não havia condições de pouso. Uma equipe médica desceu na frente para averiguar as condições das vítimas.
Exímios conhecedores da densa floresta do Alto Solimões, os índios matises sempre são requisitados por agentes do governo para guiá-los em expedições. A tribo entende como ninguém o labirinto de rios e igarapés. Todos os sobreviventes estavam próximos ao avião, às margens do igarapé, em bom estado de saúde. O resgate foi feito por meio de guinchos, em helicópteros.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Força Aérea Brasileira
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Força Aérea Brasileira | |
---|---|
| |
País | Brasil |
Força | Aeronáutica |
Efetivo | 73,500 homens |
Estrutura | Ministério da Defesa |
Centro de Comando | Brasília, DF |
Patrono | Alberto Santos Dumont[1] |
Lema | Asas que protegem o país |
Hino | Hino dos Aviadores |
Batalhas | Segunda Guerra Mundial |
Comandantes | |
Comandante Supremo | Presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
Comandante | Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito |
Outras informações | |
Insígnia | |
Website | fab.mil.br |
A Força Aérea Brasileira (FAB), também conhecida como Aeronáutica, é uma das três forças armadas do Brasil. É a maior força aérea da América Latina em contingente, número de aviões e poder de fogo.
Índice[esconder] |
[editar] História
Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, a forma como se desenvolviam os combates no além-mar surpreendeu e revelou o despreparo das forças armadas brasileiras para enfrentar as exigências do conflito. Somando-se às carências materiais típicas de um país com insuficiência de recursos financeiros, havia ainda toda uma organização militar estruturada nos moldes da I Guerra Mundial. Era preciso mudar.
Embora o debate em torno da criação de uma força aérea única, fundindo as já existentes aviações do Exército e da Marinha, assim como a criação de um ministério exclusivo para gerenciar a aviação brasileira, viesse ocorrendo desde o início dos anos 1930, a guerra na Europa acabou por reforçar essa tendência, consolidando a idéia de que era preciso centralizar os meios aéreos do país, gerando assim a Campanha nacional da aviação. O desperdício e os problemas decorrentes de um gerenciamento em separado de múltiplas aviações, militares e civis, constituiu-se num dos principais argumentos em favor da criação do Ministério do Ar.
Finalmente, após amplo debate e campanhas na imprensa, Getúlio Vargas, em 20 de janeiro de 1941, assinou o Decreto 2961, criando o Ministério da Aeronáutica e estabelecendo a fusão das forças aéreas do Exército e da Marinha numa só corporação, denominada Forças Aéreas Nacionais. Pouco depois, em maio de 1941, um novo decreto mudou o nome da recém-nascida força aérea para Força Aérea Brasileira (FAB), nome que permanece até os dias de hoje.
A Força Aérea Brasileira obteve seu batismo de fogo durante a II Guerra Mundial participando da guerra anti-submarino no Atlântico Sul e, na Europa, como integrante da Força Expedicionária Brasileira que lutou ao lado dos Aliados na frente italiana.
Foram enviadas para a Itália duas unidades aéreas da FAB, o 1º Grupo de Aviação de Caça, o Senta a Pua!, e a Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO).
Em 9 de novembro de 2003, foi inaugurado em Pianoro, Itália, mais precisamente no distrito de Livergnano, uma placa em homenagem ao 2º Tenente-Aviador John Richardson Cordeiro e Silva, primeiro piloto da FAB abatido em combate, e a todos os demais integrantes da Força Aérea que estiveram lutando na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. A placa foi agregada ao monumento já existente em homenagem aos que morreram combatendo os fasci-nazistas na guerra. A localidade de Livergnano foi escolhida por ter sido o local onde a aeronave de caça do Ten Cordeiro, um P-47 Thunderbolt, foi abatida em 6 de novembro de 1944, pela temida Flak, bateria antiaérea alemã, no regresso de uma missão de combate no norte da Itália.
[editar] Organização e estrutura
- Ver página anexa: Lista de unidades aéreas da Força Aérea Brasileira
O comando militar da força é exercido pelo Comando da Aeronáutica - COMAER, ao qual estão subordinados três Comandos-Gerais, três departamentos e diversos outros órgãos relacionadas com o funcionamento e administração da aviação brasileira, tanto civil como militar, e da pesquisa e desenvolvimento aeroespacial.
- Os três Comandos Gerais são:
- Comando-Geral de Operações Aéreas
- Comando-Geral de Apoio
- Comando-Geral de Pessoal
- Os três Departamentos são:
- Departamento de Controle do Espaço Aéreo
- Departamento de Ensino da Aeronáutica
- Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
[editar] Comando-Geral de Operações Aéreas - COMGAR
É ao Comando de Operações Aéreas (COMGAR) que estão subordinadas as unidades aéreas, bases aéreas e órgãos afins. Ou seja, o COMGAR é o braço armado da Força Aérea Brasileira.
Na estrutura do COMGAR, as unidades aéreas são agrupadas em quatro forças aéreas, a saber:
- 1ª Força Aérea ou I FAe, com sede na cidade de Natal. Engloba as unidades de preparação avançada de pilotos da FAB.
- 2ª Força Aérea ou II FAe, com sede na cidade do Rio de Janeiro. Engloba as unidades de asas rotativas (helicópteros) e as unidades de busca e salvamento, patrulha marítima e de apoio a Marinha em geral.
- 3ª Força Aérea ou III FAe, com sede na cidade de Gama, no DF. Coordena e gerencia o emprego das unidades aéreas de aplicação estratégica e tática, bem como as de defesa aérea.
- 5ª Força Aérea ou V FAe, com sede na cidade do Rio de Janeiro. É responsável pelas unidades de transporte, reabastecimento em vôo (REVO), lançamento de para-quedistas e apoio a unidades do Exército.
As unidades aéreas são as organizações militares que reúnem os meios operacionais da força. Cada unidade possui uma função específica, além de aeronaves, pessoal e instalações que assegurem o seu funcionamento.
As bases aéreas, por sua vez, estão organizadas através de uma divisão regional do território brasileiro, onde cada região (num total de sete) fica subordinada a um Comando Aéreo Regional (COMAR). São eles:
- I COMAR, com sede em Belém e jurisdição sobre os estados do Pará, Amapá e Maranhão.
- II COMAR, com sede em Recife e jurisdição sobre os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
- III COMAR, com sede no Rio de Janeiro e jurisdição sobre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
- IV COMAR, com sede em São Paulo e jurisdição sobre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
- V COMAR, com sede em Canoas e jurisdição sobre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
- VI COMAR, com sede em Brasília e jurisdição sobre o Distrito Federal e os estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins.
- VII COMAR, com sede em Manaus e jurisdição sobre os estados do Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia.
[editar] Esquadrões
Unidade do COMGAR | Unidade | Aeronaves | ABase Aérea |
---|---|---|---|
I FAe | 1º/5º GAv | C-95 | Base Aérea de Fortaleza |
2º/5º GAv | A-29B | Base Aérea de Natal | |
1º/11º GAv | UH-50 | Base Aérea de Natal | |
II FAe | 1º/7º GAv | P-95B,P-3AM | Base Aérea de Salvador |
2º/7º GAv | P-95B | Base Aérea de Florianópolis | |
3º/7º GAv | P-95A | Base Aérea de Belém | |
4º/7º GAv | P-95A | Base Aérea de Santa Cruz | |
1º/8º GAv | UH-1H | Base Aérea de Belém | |
2º/8º GAv | UH-50 | Base Aérea de Recife | |
3º/8º GAv | CH-34 | Base Aérea de Campo dos Afonsos | |
5º/8º GAv | UH-1H | Base Aérea de Santa Maria | |
7º/8º GAv | UH-60L | Base Aérea de Manaus | |
2º/10º GAv | UH-1H,SC-95B | Base Aérea de Campo Grande | |
III FAe | 1º/1º GAvCa | F-5EM,AT-27 | Base Aérea de Santa Cruz |
2º/1º GAvCa | F-5EM,AT-27 | Base Aérea de Santa Cruz | |
1º GDA | F-2000,AT-27 | Base Aérea de Anápolis | |
1º/3º GAv | AT-27,A-29,A-29B | Base Aérea de Boa Vista | |
2º/3º GAv | AT-27,A-29,A-29B | Base Aérea de Porto Velho | |
3º/3º GAv | AT-27,A-29,A-29B | Base Aérea de Campo Grande | |
1º/4º GAv | AT-26,AT-26A | Base Aérea de Fortaleza | |
1º/6º GAv | R-35A,R-95 | Base Aérea de Recife | |
2º/6º GAv | R-99A/B,E-99,C-98 | Base Aérea de Anápolis | |
1º/10º GAv | A-1,A-1B | Base Aérea de Santa Maria | |
3º/10º GAv | RA-1,RA-1B | Base Aérea de Santa Maria | |
1º/14º GAv | F-5EM,F-5FM,AT-27 | Base Aérea de Canoas | |
1º/16º GAv | A-1,A-1B | Base Aérea de Santa Cruz | |
V FAe | 1º GTT | C-130E/H | Base Aérea de Campo dos Afonsos |
1º/1º GT | C-130H/KC-130H | Base Aérea do Galeão | |
1º/2º GAv | C-99 | Base Aérea do Galeão | |
2º/2º GAv | KC-137 | Base Aérea do Galeão | |
1º/9º GAv | C-105A | Base Aérea de Manaus | |
1º/15º GAv | C-105A | Base Aérea de Campo Grande | |
I COMAR | 1º ETA | C-95B,C-98,C-97 | Base Aérea de Belém |
II COMAR | 2º ETA | C-95,C-97 | Base Aérea de Recife |
III COMAR | 3º ETA | C-95B,C-97 | Base Aérea do Galeão |
IV COMAR | 4º ETA | C-95A,C-97 | Base Aérea de São Paulo |
V COMAR | 5º ETA | C-95A,C-97 | Base Aérea de Canoas |
VI COMAR | 6º ETA | C-95c, VU-9,VC-97 | Base Aérea de Brasília |
VII COMAR | 7º ETA | C-97,C-98 | Base Aérea de Manaus |
Outras Unidades
Comando | Unidadet | Aeronave | Base Aérea |
---|---|---|---|
DECEA | GEIV(Grupo Especial de Inspeção em Vôo) | EC-95B/C,EU-93A | Aeroporto Santos Dummont |
DEPED | GEEV(Grupo Especial de Ensaios em Vôo) | A-1,XU-93,T-27,CH-55 | São José dos Campos |
DEPENS | 1º EIA(Esquadrão de Instrução Aérea) | T-27 | Base Aérea de Pirassununga |
DEPENS | 2º EIA | T-25A/C | Base Aérea de Pirassununga |
Gabinete da Força Aérea | GTE(Grupo de Transporte Especial) | VC-1A,VC-96,VC-99C,VH-34,VH-55,VH-35 | Base Aérea de Brasília |
Gabinete da Força Aérea | EDA(Esquadrilha de Demonstração Aérea, ou Esquadrilha da Fumaça) | T-27 | Base Aérea de Pirassununga |
[editar] Efetivo
Em março de 2007, a Força Aérea Brasileira contava com o efetivo de 73.110 pessoas, sendo 65.610 militares e 7500 civis.
No ano de 1982 foi permitido a mulheres ingressarem na Aeronáutica.
[editar] Posto e Graduações
- Oficiais generais: Marechal-do-ar, Tenente-brigadeiro-do-ar, Major-brigadeiro e Brigadeiro
- Oficiais superiores: Coronel, Tenente-coronel e Major.
- Oficiais intermediários: Capitão
- Oficiais subalternos: Primeiro-tenente, Segundo-tenente e Aspirante-a-Oficial
- Graduados: Suboficial, Primeiro-sargento, Segundo-sargento, Terceiro-sargento, Cabo, Taifeiro-mor, Soldado Primeira Classe, Taifeiro Primeira Classe, Soldado Segunda Classe e Taifeiro Segunda Classe.
[editar] Meios aéreos atuais
- Ver artigo principal: Lista de aeronaves atuais da Força Aérea Brasileira
A Força Aérea Brasileira está passando por uma profunda reformulação de seus meios aéreos. Aeronaves antigas com alto custo de manutenção e pouco eficientes vêm sendo lenta e gradualmente substituídas por aeronaves mais novas e otimizadas para sua função. Segundo o Comandante da Aeronáutica 37% da frota está operacional hoje.
As compras e programas mais importantes já realizados:
- Programa ALX - 99 aeronaves Super Tucano, sendo entregue aos poucos.
- Programa F-5BR - modernização dos caças F-5 E/F, ainda em processo.
- Programa CL-X - compra de 12 aeronaves Casa C-295, todos entregues, com possibilidade de adquirir mais 8 unidades.
- Programa P-X - compra e modernização, ainda em processo, de aeronaves P-3 para patrulha marítima.
- Compra de 12 caças Mirage 2000 como caça interino enquanto se aguarda o relançamento do programa F-X, já entregues.
- Compra de um novo avião presidencial, o Airbus, já entregue.
- Compra de 6 helicópteros UH-60L, já entregues.
- Compra de 2 aviões de transporte VIP, comprado e ainda a ser entregue. A aeronave escolhida foi Embraer 190.
- Compra 18 Super Cougar sendo 2 para transporte VIP e o restante para uso estritamente militar. Primeiras unidades estarão operacionais em 2010.
- Programa AMX-M - O programa iniciado em 2004 e 'liderado' pela Embraer mostrou atividade ao contratar, em novembro de 2008, a Elbit para o desenvolvimento dos aviônicos. Deve ser finalizado até 2014.
- Licitação de Helicópteros de Ataque: O escolhido foi Mil Mi-35M, até agora 12 unidades, mas poderá aumentar no futuro com a aliança tecnológica de Brasil-Rússia.
Programas ainda pendentes:
- FX-2 - Novo caça interceptor, programa retomado pelo governo brasileiro em 2007, e prevê a compra de até 36 caças de 4ª/5ª geração em 4 anos. Dentre os caças almejados pelo governo, os dois principais que concorrem na licitação são o Dassault Rafale, da França e o Sukhoi Su-35 [1](em inglês), da Rússia. Em abril de 2008, o Ministério da Defesa informou o desejo de "engavetar" o projeto F-X2, mas em troca de um projeto mais "ousado", que envolveria o desenvolvimento de um caça nacional. Em setembro, do mesmo ano, deverá ser anunciada a decisão, porém apenas essa possibilidade já assusta a Aeronáutica. No dia 16 de Abril de 2008, o jornal Correio Braziliense anunciou que o Brasil entrou no projeto do caça de 5ª Geração PAK-FA T-50, porém ainda não confirmado por nenhuma agência governamental. No dia 2 de julho de 2008 o Comando da Aeronáutica emitiu nota oficial informando que requisitou informações (Request for Information - RFI) para fornecimento de um caça para o programa FX-2 às empresas: as norte-americanas Boeing F/A-18 E/F Super Hornet e Lockheed Martin F-35 Lightning II, a francesa Dassault Rafale, a russa Rosoboronexport Sukhoi SU-35 Super Flanker, a sueca Saab JAS-39 Gripen e o consórcio europeu Eurofighter Typhoon. Nesta nova fase do projeto o caça norte-americano F-16 foi substituído pelo também norte-americano, mas de 5ª geração, F-35.[3]
- Os três finalistas escolhidos são o Rafale F3, F/A-18E/F Super Hornet e o Gripen NG. Está previsto que o novo caça supersônico multifuncional escolhido para reequipar a FAB saia em 2009. A decisão técnica não foi divulgada ao público, porém o Presidente Lula "ignorou o relatório da FAB, que levou meses para ser elaborado" e escolheu o caça Dassault Rafale. As negociações se iniciaram em 7 de Setembro de 2009.
[editar] Aeronaves
A Força Aérea Brasileira opera atualmente 743 Aeronaves, sendo delas 218 aeronaves de combate, e 96 helicópteros
Aeronave | Designação na FAB | em Atividade | |
---|---|---|---|
Airbus A319 ACJ | VC-1 | 1 | |
Atlas Impala II | AT-26A | 0 | Os Atlas Impala foram desativados por problemas logísticos com os motores. |
BAe 125-400 [4] | VU-93 | 1 | |
Bell 206B Jet Ranger | OH-4/VH-4/UH-4 | 3 | |
Bell UH-1H | H-1H | 34 | |
Boeing 707 | KC-137 | 4 | |
Boeing 737-200 | VC-96 | 2 | |
Casa C-295 | C-105 | 12 (+8[5]) | |
Cessna 208 Caravan I/II | C-98/A | 25 | |
Dassault-Breguet Mirage 2000B/C | F-2000 | 10/2 | |
Embraer AMX | A-1, RA-1 | 53 | |
Embraer EMB-110 Bandeirante | C-95 | 84 | 41 deles serão modernizados (C-95A, C95B, C95C, SC95B, R95). Todos os C95 serão desativados |
Embraer EMB-111 Bandeirulha | P-95 | 19 | 13 deles serão modernizados. |
Embraer EMB-120 Brasília | VC-97 | 20 | |
Embraer EMB-121 Xingu | VU-9 | 6 | |
Embraer EMB-312 Tucano | T-27 | 103 | 60 tucanos da AFA serão modernizados. |
Embraer EMB-326 Xavante | AT-26 | 22 | |
Embraer ERJ-145 | C-99 | 7 | |
Embraer EMB-314 Super Tucano | AT-29 | 75 (+24[5]) | |
Embraer EMB-145 AEW&C | R-99A | 5 | |
Embraer EMB-145 RS/AGS | R-99B | 3 | |
Embraer 190 | VC-2 | 1 (+1[5]) | |
Embraer 210R Ipanema | U-19 | 4 | |
Embraer EMB-810 Seneca II e III | U-7 | 6 | |
Eurocopter AS-332 Super Puma | CH-34/VH-34 | 11 | |
Eurocopter Ecureuil | H-50/55 | 25/3 | |
Eurocopter EC-135 | VH-35 | 2 | |
Hawker 800XP[4] | EU-93A | 4 | |
Learjet 35 | VU/R-35 | 11 | |
Learjet 55 | VU-55C | 1 | |
Lockheed KC/C-130E/H Hercules | KC/C-130E/H | 22 | |
Embraer KC-390 | KC-390 | 0(+22) | |
Lockheed P-3 Orion | P-3 | 9[5] | 8 realizarão missões de patrulha/antissubmarino e 1 será usado para treinamento |
Mil Mi-35 Hind | AH-2 Sabre | 0 (+12) | |
Neiva Regente | U-42 | 15 | |
Neiva Universal | T-25 | 87 | |
Northrop F-5E Tiger IIE/F | F-5E/F-M | 59/9 | A FAB conta com 34 aparelhos já modernizados no padrão F5-M |
H-60L Black Hawk | H-60L | 6(+4) | |
Schleicher ASW 20 | Z-20 | 1 | |
LET Blaník L-13/L-23/L-33 Blaník/Super Blaník/Solo | TZ-13(L-13)/TZ-13(L-23)/TZ-13(L-33) | 3/4/2 | |
IPAE Quero-Quero | Z-16 | 5 | |
Glasflügel H-201 | Z-15 | 1 | |
Piper PA-32 Cherokee | 1 |
[editar] Escolas da FAB
A Força Aérea Brasileira mantem as seguintes instituições de ensino:
- Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) - Escola de ensino médio pronta para receber futuros cadetes da AFA;
- Academia da Força Aérea (AFA) - Instituição de Ensino Superior especial que forma Aviadores, Intendentes e oficiais de Infantaria da FAB;
- Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) - Instituição de Ensino Superior que forma Engenheiros militares e civis em diversas especialidades;
- Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) - Instituição especializada em preparar civis formados em outras areas de conhecimento para integrar a FAB;
- Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) - Escola de preparação de Sargentos especialistas da Aeronáutica. Com sede na cidade de Guaratinguetá, estado de São Paulo. Prepara Sargentos especialistas em várias áreas como Controle de Tráfego Aéreo, Mecânica de Aeronaves, Eletrônica, Música, Enfermagem, Infantaria, dentre outras. Ao final do curso que tem duração de dois anos o aluno é promovido a Terceiro Sargento da Aeronáutica Brasileira.
- Força Aérea Brasileira possui cerca de 800 Aeronaves.
[editar] Insígnias
- Patentes (Rank);
- Distintivos de Organização Militar (DOM);
- Distintivos de ocupação;
- Distintivos de Condição Especial (DCE) - Cursos;
Referências
- ↑ Patrono da Aeronáutica - ver
- ↑ Patrono da Força Aérea Brasileira - ver
- ↑ FAB - NOTA À IMPRENSA - FX-2
- ↑ 4,0 4,1 Versões da mesma aeronave: BAe 125, HS 125 ou Hawker 800
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 em processo de entrega
[editar] Ver também
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema: | |
Imagens e media no Commons |
- Força Expedicionária Brasileira
- Esquadrilha da Fumaça
- Lista das unidades aéreas da FAB
- Lista de aeronaves que serviram a Força Aérea Brasileira
- Designação de aeronaves na Força Aérea Brasileira
- Museu Aeroespacial - Musal
- Insígnias
- Instituto Tecnológico da Aeronáutica
[editar] Ligações externas
- Página oficial
- (em inglês) Brazilian Air Force
- História da Força Aérea Brasileira (site não oficial)
- Academia da Força Aérea Brasileira
- História da Força Aérea Brasileira na 2ª Guerra Mundial
- Grandes guerras - O início do conflito aéreo do Brasil na Itália
- As bases aéreas da FAB e a defesa do espaço aéreo brasileiro
Forças Armadas | |||||||||
[Esconder] Forças Armadas do Brasil |
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